segunda-feira, 9 de julho de 2007

O que é Ubicomp ?

Em nossa sociedade é cada vez mais raro encontrar um setor de atividade que não utilize, direta ou indiretamente, os recursos do mundo digital. Mas uma nova geração de pesquisadores acha que isso é pouco e quer tornar os computadores totalmente onipresentes. Essa corrente é chamada de computação ubíqua - ubíquo significa "que está em todo lugar" - ou ubicomp.

O conceito foi proposto em 1991 pelo americano Mark Weiser, pesquisador da Xerox. Ele argumentou que a evolução tecnológica levaria as pessoas a terem cada vez mais computadores pessoais em seu cotidiano. Nesse processo, eles perderiam a forma tradicional do PC, composto de teclado, CPU e monitor, e passariam a ser "escondidos" dentro de outros objetos, como sofás, mesas e paredes. Por isso a ubicomp também é chamada de computação invisível.

Já existem protótipos de casas inteligentes como a Adaptive House, projeto da Georgia University que é capaz de identificar sozinha os hábitos dos moradores e programar a si mesma para manter os sistemas de luz e temperatura de acordo com as preferências deles. Mas o que deve chegar primeiro às nossas residências é a computação adaptada a objetos cotidianos. Um bom exemplo dessa corrente são os Smart-its, desenvolvidos por um consórcio europeu desde 2001.

O termo smart-its pode ser traduzido como "coisas inteligentes". Trata-se de um dispositivo que combina sensor e microchip e é capaz de fazer as funções de processamento, percepção, sensoriamento e comunicação com outros equipamentos semelhantes. Uma vez desenvolvido esse aparelhinho, que mede apenas 7x5 cm e pesa menos que um celular de última geração, o desafio do projeto é inseri-lo nos mais diferentes objetos domésticos e descobrir como ele pode ser útil. O primeiro experimento foi a mesa capaz de navegar na internet. Na verdade, o tampo da mesa transforma-se numa espécie de reprodução da tela do computador. Ao deslocar um objeto como um copo sobre o tampo, o usuário provoca sutis variações de peso que são detectadas por células de sensoriamento. Um sofisticado programa de computador interpreta essas variações como sendo comandos mais ou menos equivalentes aos clicks de um mouse. Um outro experimento usa a mesma mesa para controlar a TV. "Essa é uma maneira mais intuitiva de interagirmos com computadores e pode substituir toda a imensa quantidade de controles remotos de que necessitamos hoje em dia", explica Strohbach.

A capacidade de detectar variações de peso é estudada também por outro grupo de pesquisa europeu, ligado à Universidade de Dublin, na Irlanda. Eles criaram um sofá que reconhece quem se deita nele e o saúda com uma mensagem gravada. "Ele também detecta os movimentos de quem está deitado. Isso pode ser útil num hospital, ajudando a identificar o grau de agitação dos pacientes"

Fonte: http://revistagalileu.globo.com/EditoraGlobo/

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