O interesse e a pressa em encontrar vida fora da Terra - além do óbvio e justificável interesse científico, - esconde também uma "saia justa" da qual os cientistas não têm conseguido se desvencilhar. Hoje, a explicação da origem da vida na Terra é uma espécie de "geração espontânea", na qual descargas atmosféricas em uma sopa de aminoácidos teria feito surgir a vida. Acostumados com a complexidade dos seres vivos, complexidade essa muito difundida graças às pesquisas da área da genômica, nem mesmo estudantes do ensino médio engolem mais essa estória e os cientistas, na verdade, evitam falar dela. Depois que se descobriu um meteoro marciano na Antártica, tornou-se muito mais fácil dizer que a vida apenas chegou na Terra, vinda do espaço. A quase totalidade dos cientistas já apóia essa idéia, mas eles precisam de uma prova.
A missão Corot
Convecção e rotação, os dois primeiros termos do nome da sonda Corot, referem-se à sua capacidade de avaliar o interior das estrelas, estudando as ondas acústicas que se propagam em suas superfícies, uma técnica chamada astrosismologia. Já trânsito refere-se a uma técnica por meio da qual a presença de planetas ao redor de uma estrela pode ser inferida por tênues variações no brilho da estrela, que podem ser detectadas quando o planeta passa à sua frente.
A sonda Corot irá observar cerca de 120.000 estrelas, ao longo de sua missão de três anos. Desde a descoberta do primeiro exoplaneta, em 1995, mais de 200 outros foram localizados por telescópios terrestres.
Muitos dos planetas que a Corot deverá detectar deverão ser gigantes gasosos e quentes, com as dimensões de Júpiter. Mas os cientistas estão mesmo de olho é nos planetas rochosos, como a Terra, que não podem ser localizados pelos instrumentos instalados em solo, mas que provavelmente serão localizados por um telescópio do espaço. O telescópio do Corot tem 30 centímetros de diâmetro.
O Brasil é o único país não europeu com especialistas atuando no Projeto Corot em grupos de trabalho para definição, observação e análise preparatória das estrelas que serão observadas na missão e na elaboração do software de calibração, correção instrumental e formatação dos dados.
Os professores Eduardo Janot Pacheco, do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da USP e Vanderlei Cunha Parro, da Escola de Engenharia Mauá estão entre os brasileiros que participam da missão.
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Fonte: http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=010130061226
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