domingo, 29 de julho de 2007

O que é Exobiologia ?


A notícia do encontro de um planeta com características semelhantes à Terra em torno da estrela Gliese 581, a uns 20 anos-luz do Sistema Solar, na constelação de Lira, não deixa de ser um alento para os chamados pluralistas. Ainda que seja cedo demais para qualquer especulação mais consistente sua sobre possível habitalidade.

Pluralistas são, ao menos desde os anos 60, os defensores da idéia de que não somos a única espécie inteligente no Universo. Carl Edward Sagan (1934-1996) astrônomo e divulgador de ciência foi um dos representantes mais ativos desse grupo.

Em oposição aos pluralistas estão os singularistas, com abordagem pessimista ao menos quanto à possibilidade de termos companhia cósmica. O físico italiano Enrico Fermi (1901-1954) notabilizou-se com um representante desse segundo grupo a partir de uma pergunta que ficou famosa: “onde estão todos os outros?”, referindo-se à existência de possíveis civilizações alienígenas.

Para os exobiólogos, pesquisadores de vida fora da Terra, o encontro de microorganismos em Marte ou na lua Titã, de Saturno, seria uma recompensa mais que gratificante para uma busca que se consolidou especialmente com a astronáutica e a possibilidade de enviar sondas automáticas a outros mundos do Sistema Solar.

A população de forma geral, no entanto, quando ouve falar de “habitabilidade” pensa quase sempre na possibilidade de formas de vida inteligente. A verdade é que esta questão é quase sempre mais complexa que estamos dispostos a acreditar. O que não leva, necessariamente, a pensar que sejamos as únicas espécie inteligente do cosmos e, neste sentido, integrarmos o singularismo. Marte talvez seja um exemplo razoável para estas considerações.

Marte também está na zona de habitabilidade – provavelmente com a água em seus três estados ainda hoje, e não há mais dúvida de que ela cobriu a superfície desse mundo no passado. Apesar de ser o mundo mais receptivo do Sistema Solar, depois da Terra, Marte não abriga uma civilização como se chegou a pensar, ingenuamente, até início do século 20.

Os eventuais contatos entre possíveis civilizações da Galáxia, ainda que não impossíveis – não existem razões intransponíveis para isso – também não são nada triviais. Distâncias, padrões tecnológicos e até mesmo formas completamente distintas de vida podem ser alguns dos obstáculos para uma pergunta cósmica que se iniciaria com um “alô, tem aqui aí?”, seguido de uma resposta como “sim, estamos aqui”.

A detecção de uma civilização alienígena talvez ainda demore séculos ou eventualmente nunca venha a acontecer, até o ponto de desistirmos e nos conformamos com nossa imensa solidão entre as estrelas. Mas isso não significa que não possa ocorrer, caracterizando o que seria a maior conquista da história da ciência. Argumentos razoáveis existem dos dois lados, tanto de pluralistas quanto singularistas. O problema é que nem sempre argumentos razoáveis dão conta da realidade.

Fonte: http://blogdaastronomy.blog.uol.com.br/

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