quinta-feira, 23 de agosto de 2007

Voce sabe categorizar os Notebooks ?

Antigamente, era comum que os portáteis fossem classificados em três categorias: laptops, notebooks e subnotebooks. Os laptops eram os modelos maiores, basicamente qualquer computador portátil o suficiente para que você pudesse colocá-lo no colo ("laptop" significa, literalmente, "no colo" ou "sobre o colo") e usá-lo com relativo conforto. O notebook seria um aparelho menor, aproximadamente do tamanho de um caderno universitário (os IBM Thinkpad antigos são um bom exemplo), enquanto os subnotebooks eram os portáteis ainda mais compactos, que frequentemente sacrificavam o drive óptico e utilizavam processadores de baixo consumo para atingir o objetivo.

A partir de um certo ponto, entretanto, cada vez mais fabricantes passaram a chamar seus portáteis de "notebooks", independentemente do tamanho. Com isso a designação tradicional deixou de fazer sentido, de forma que hoje em dia podemos dizer que os termos "laptop" e "notebook" tornaram-se sinônimos.

No lugar da classificação tradicional, os fabricantes passaram a usar os termos "Desktop replacement" (substituto para o desktop), "Thin-and-light" (leve e fino) e "Ultraportable" (ultraportátil).

Os desktop replacement são notebooks maiores, com tela de 15" ou mais (alguns chegam a usar telas de 21"!), desenvolvidos com o objetivo de serem confortáveis de usar sobre uma mesa e serem relativamente poderosos, sem tanta preocupação com a portabilidade ou com a autonomia das baterias.

Os thin-and-light já são modelos menores, com telas de 14" ou menos, desenvolvidos com o objetivo de serem mais portáteis. Em geral, os thin-and-light preservam um teclado de dimensões normais e continuam sendo confortáveis de usar, apesar da tela um pouco menor. O menor espaço interno limita um pouco a seleção de processadores, mas isto não chega a ser ruim, pois deixa de fora processadores muito gastadores como os mobile Pentium 4 e mobile Athlon 64.

Finalmente, temos os ultraportáteis, modelos com tela de 12" ou menos, que pesam menos de 1.7 kg. Para atingir esta marca, eles utilizam processadores de baixo consumo (e, consequentemente, de baixa frequência), teclados de dimensões reduzidas, drives ópticos miniaturizados (mais caros e difíceis de substituir em caso de defeito) ou drives externos e, em muitos casos, HDs de 1.8" ou drives de estado sólido, de memória flash.

Outro termo conhecido é o "desknote", que tem duplo sentido. Atualmente, o uso mais comum é em relação aos notebooks maiores, no lugar do termo "desktop replacement". Nesta conotação, um desknote é um notebook grande, pouco portável, feito para ser usado sobre a mesa.

Outra categoria é a dos tablet-PCs, onde o uso de uma tela touch-screen permite que você use o notebook como uma espécie de bloco de anotações, navegando entre as funções usando uma stylus e usando um teclado onscreen ou um sistema de reconhecimento de escrita para a entrada de informações.

A maioria dos modelos atuais são "conversíveis", ou seja, notebooks normais, onde você pode girar a tela touch-screen, fazendo com que ela se feche sobre o teclado. Desta forma, é possível usá-lo tanto como um notebook normal, como um tablet, de acordo com a situação.

Muitos fabricantes ainda usam o termo "subnotebook" para aparelhos ainda menores, com menos de 1.2 kg, mas atualmente a designação está caindo em desuso, cedendo espaço para os termos "UMPC" e "MID", que são as novas categorias de pesos leves.

UMPCs e MIDs

Os UMPCs e MIDs são dispositivos intermediários, que se enquadram entre os notebooks e dispositivos menores, como celulares e palmtops. Eles são mais portáteis que os notebooks, mas são muito mais poderosos que os palmtops e são equipados com processadores x86, o que garante a compatibilidade com os aplicativos destinados a micros PC.

Originalmente, a plataforma UMPC era um projeto desenvolvido por um conjunto de fabricantes, com destaque para a Intel e Microsoft. O interesse de ambos era óbvio: a Intel pretendia vender mais processadores e chipsets e a Microsoft queria vender mais cópias do Vista.

A idéia era boa: criar uma plataforma de PCs ultra-compactos, menores, mais leves e com uma maior autonomia que os notebooks, equipados com processadores dual-core, aceleração 3D, wireless e, opcionalmente, também a opção de se conectar à web via GPRS, EVDO ou outra tecnologia de rede celular. Com um UMPC, você teria um PC que poderia levar com você o tempo todo, carregando seus aplicativos e arquivos, que permitiria que você se conectasse à web ou assistisse vídeos em qualquer lugar. Apesar disso, plano não deu muito certo. Os poucos modelos disponíveis inicialmente eram muito caros e as vendas ínfimas, tornando a plataforma mais um objeto de curiosidade, do que uma alternativa real.

A Intel não desistiu de criar uma nova plataforma que se encaixe entre o notebook e o smartphone e seja capaz de reforçar suas vendas. Surgiu então o "Handtop" (ou MID).

MID é a abreviação de "Mobile Internet Device". A idéia central é oferecer um dispositivo portátil, baseado em um processador x86 que possa rodar um navegador, leitor de e-mail e comunicadores diversos. A principal diferença entre um MID e um UMPC é que o MID é baseado em um processador muito mais simples, possui menos memória e utiliza alguns poucos GB de memória flash no lugar do HD. A configuração mais fraca visa permitir o desenvolvimento de dispositivos mais baratos e ao mesmo tempo mais leves que os UMPCs.

Não existe um formato rígido a seguir. Os fabricantes podem criar produtos seguindo o conceito de "tablet", usado nos UMPCs, com uma tela touch-screen e um teclado retrátil ou onscreen, ou criar "mini-notebooks", com teclados completos e mouses touch-pad, porém mais leves que um notebook tradicional.

O primeiro projeto ambicioso de MID dentro do modelo proposto pela Intel é o Asus Eee, um projeto derivado do Intel ClassMate, porém destinado ao uso geral e não apenas dentro do ramo educacional. Além de ser bastante compacto e portátil, ele chama a atenção pelo preço, com a versão mais simples custando apenas US$ 200 (no EUA).

O Eee é baseado em uma versão de baixo consumo do Pentium-M, baseada no core Dothan (ele ainda não é baseado no Menlow, embora ele possa vir a ser utilizado nas próximas versões do Eee). O processador opera a 900 MHz e faz par com um chipset Intel 910 e 512 MB de RAM (DDR2).

Para cortar custos e reduzir o tamanho do aparelho, optaram por utilizar uma tela de apenas 7", com resolução de 800x480. Assim como no caso dos processadores, o preço das telas de LCD é diretamente relacionado ao tamanho. Isso faz com que a tela de 7 polegadas do Eee custe quase um oitavo do preço de uma tela de 19", como as usadas em monitores para desktops. Se calcularmos que hoje já é possível comprar um LCD de 19" (ou EUA) por menos de US$ 300, vemos que a tela usada no Eee pode ser muito barata se produzida em quantidade.

O Eee inclui também uma placa wireless, placa de rede, modem, som e portas USB como qualquer notebook. Ele usa uma bateria de quatro células (a maioria dos notes usa baterias de 6 células), mas devido ao baixo consumo geral, ela dura cerca de 3 horas.

O HD foi substituído por uma unidade de estado sólido de 4, 8 ou 16 GB (de acordo com o modelo). A memória flash caiu muito de preço nos últimos meses (já temos pendrives de 2 GB por menos de 70 reais, mesmo aqui no Brasil) de forma que, apesar da redução na capacidade, usar 8 ou mesmo 16 GB de memória flash já é mais barato do que usar um HD.

Como era de se esperar, o Eee roda uma distribuição Linux otimizada para o aparelho (baseada no Xandros). A proposta é que ele seja fácil de usar com foco no público geral, que quer um aparelho portátil para acessar a web e rodar aplicativos leves, dai o nome "Eee" (Easy to work, Easy to learn, Easy to play).

Ao contrário de um palmtop, que utiliza um processador ARM e um sistema operacional próprio, o Eee é um PC, de forma que nada impede que a distribuição Linux pré-instalada seja substituída por outra distribuição, ou até mesmo por alguma versão do Windows, desde que você consiga instalar o sistema através de um pendrive ou CD-ROM USB e seja capaz de configurar o sistema e otimizá-lo para rodar dentro das limitações do aparelho.

Fonte: http://www.guiadohardware.net/artigos/categorias-notebooks/

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