O dado pode impressionar em um primeiro momento, mas é totalmente justificável. “Isso acontece por conta do fator novidade. Em todos os mercados em que é incipiente, SOA cresce rápido, afinal, partimos quase do zero”, explica o diretor de consultoria, Roberto Gutierrez. Mesmo assim, ele aposta no sucesso dos projetos brasileiros. “Todos passarão a aderir conforme a constatação das vantagens competitivas. Definitivamente, SOA não é hype, não é modismo passageiro. Veio para ficar”, diz.
Em sua análise, ele divide as corporações em dois grupos: um formado pelas que já adotaram ou estão adotando SOA e são grandes entusiastas de novas tecnologias ou realmente empresas visionárias; e outro que agrega as que ainda não adotaram e têm perfil mais pragmático, conservador, cético. “Este último grupo ainda é o maior. Por enquanto”, enfatiza.
Para Gutierrez, os principais benefícios trazidos pela arquitetura orientada a serviços – que são também os pontos a serem explorados pelos CIOs na “venda” da idéia – são a agilidade para atender às constantes mudanças dos mercados, o aumento da eficiência de TI, uma melhor integração dos aplicativos com a diminuição das complexidades, a facilidade de operação graças à integração de diferentes plataformas e a facilidade de gerenciamento e adequação à governança corporativa, amplamente cobrada principalmente de quem negocia ações nas bolsas de valores.
Para um desenho bem sucedido de SOA, o IDC dá as seguintes dicas:
- Gastar um ano ou pouco menos do que isso para implantar o projeto, a fim de mapear com clareza os fluxos de negócio e as áreas da empresa;
- Não implantar toda a arquitetura de uma só vez. A implantação deve ter etapas, até para testar sua eficácia e também para justificar os gastos e o trabalho perante a diretoria. “É um investimento de longo prazo. Então, deve ser adotado com calma, permitindo que as pessoas que não são de TI percebam nitidamente os resultados e facilitem a continuidade do processo”, recomenda Gutierrez;
- Ter um projeto-piloto amplamente discutido e posto a prova;
- Ter um comitê gestor para analisar de forma realista e sensata as necessidades da empresa;
- Encarar com determinação os impactos organizacionais e culturais que, certamente, aparecerão – afinal, mudanças não são facilmente digeridas;
- Não ver nos esforços de curto prazo como barreiras ao projeto. “Em um primeiro momento, olhando os resultados práticos, toda empresa vai achar que os investimentos não valeram. Mas SOA é dinheiro bem gasto a médio e longo prazo, nunca no curto prazo”, ensina o consultor.
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