por Ulisses Capozzoli |
Para observar o céu, tudo o que você deve fazer é afastar-se da iluminação urbana. Procure um lugar, de preferência mais elevado, para ampliar os limites do horizonte. Se possível, use uma dessas espreguiçadeiras de praia que permitem deitar de costas, numa posição confortável, com toda a abobada celeste frente aos seus olhos. Caso contrário, cubra o chão com algum material capaz de proteger contra a umidade do solo e a eventual picada de insetos ou outros pequenos animais. Faça tudo isso, de preferência, ainda com a luz do dia, eventualmente na companhia de uma ou mais pessoas. E prepare-se para o grande espetáculo, logo que a noite chegar. Comece sua viagem pelo espaço-tempo. O céu estará aberto aos seus olhos como uma imensa catedral onde pelo menos 7 mil estrelas visíveis a olho nu parecem crepitar como fogueiras distantes. De alguma maneira, são fogueiras distantes, mas o combustível que as alimenta é de natureza termonuclear. A fusão nuclear - envolvida com a transformação de elementos químicos, como previam os alquimistas - é a usina de força das estrelas. Se o fogo e a panela dos alquimistas eram fraco e reduzido para promover a transmutação dos elementos, o enorme caldeirão estelar, com temperaturas de milhões de graus no núcleo, pode fazer essas transformações. E, em conseqüência disso, liberar energia. Entre essas formas de energia, a luz visível que suas retinas recebem. Ela chega de profundezas variáveis do espaço-tempo. Alguns exemplos: Sírius, a estrela mais brilhante do céu (Alfa do Cão Maior) está a 8,7 anos-luz da Terra. Aldebaran (Alfa de Touro) encontra-se a 64 anos-luz e Antares (Alfa do Escorpião) está a 365 anos-luz. O que significa isso? Significa que a luz que saiu de Aldebaran, por exemplo, viajou 64 anos (deslocando-se a 300 mil km por segundo, a luz percorre perto de 9,5 trilhões de km em um ano, distância que os astrônomos chamam de um ano-luz) antes de atingir sua retina e ser interpretada pelo cérebro como a luz de uma estrela. Se você quiser saber a distância, em quilômetros, até Aldebaran, basta multiplicar 64 por 9,5 trilhões (60,8 quatrilhões de km). Mas esse é um número tão grande e difícil de se imaginar que os astrônomos preferem representar apenas como 64 anos-luz. Fontes : http://www2.uol.com.br/astronomy/ceu_estrelado/ |
segunda-feira, 18 de junho de 2007
Aldebaran - Uma viagem a Gigante Vermelha
Postado por Manuel Nunes Pereira às 21:24
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